
O empresário e o consumo consciente do crédito
Entrar numa agência bancária, ter cartão de crédito, ou abrir uma correspondência e deparamos com propaganda oferecendo facilidades para o crédito.
Portanto, não precisamos mais sentar à frente do gerente do banco para justificar as razões de nossa necessidade.
Tomar empréstimos está na ponta de nossos dedos, por isso, pode se tornar uma atitude impulsiva e extremamente danosa.
Tomar o dinheiro resolve de imediato o que nos incomoda, o desconforto financeiro.
Porém, isso oculta ou desvia do foco do importante. Descobrir e resolver o que gera a falta do dinheiro.
Por que o dinheiro não tem sido suficiente?
Rashi, rabino francês que viveu no século X, alertava: os juros cobrados no empréstimo são como picadas de cobra.
Como consultor especializado na recuperação de micro e pequenas empresas com dificuldades financeiras, tenho visto o estrago que o dinheiro fácil faz, até mesmo a pessoas que nada tem de desavisadas.
Acima de tudo, buscamos as causas das dificuldades financeiras das empresas que nos contratam, verificamos as questões de mercado, do produto, do preço e da forma de gestão.
Em mais de 50% dos casos, o que descobrimos é um grau de endividamento alto e que, as vezes, chega ao descontrole e compromete a continuidade da empresa.
Razões mais comuns de endividamento
As razões comuns são bem diferentes das imaginadas pelos dirigentes. Por exemplo, a aquisição de automóveis financiados para uso do proprietário da empresa.
Compra de máquinas para atender a uma demanda de produtos que nunca existiu.
Retiradas de sócio num montante correspondente à necessidade da pessoa física, independentemente de sua capacidade de geração da riqueza.
Novos empréstimos contraídos em volume cada vez maior com a intenção de honrar empréstimos anteriores.
Poucos se sentam para estudar e avaliar o que não tem dado certo e como corrigir. Consequência: Conhecerão a essência do dito pelo também francês La Bruyére: “O aborrecimento entrou no mundo pela mão da preguiça.”
A utilização do crédito de terceiros é compreensível quando tratamos de soluções para problemas inesperados de curto prazo ou de aumentar a capacidade de investimento, desde que, os retornos considerem todos os custos inerentes à operação.
Na era do empréstimo fácil,quando, como se diz por aí, empurramos o problema com a barriga, numa nunca realizável expectativa de que ele se resolva por si mesmo, alimentamos, consequentemente, a ciranda dos lucros bancários e conseguimos aumentar a potência de nossa “dor de barriga”.
Consciente, por definição, é aquele que tem ciência, conhece bem o que faz ou o que deve fazer. Conclusão, o consumo consciente de crédito é aquele que serve para resolver problemas.No entanto, nunca para afastar seus sintomas.
Carlos Alberto Pompeu de Toledo 011-3382-1375
carlos@gcapts.com.br
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